sexta-feira, 18 de julho de 2014

Griptape

Wait to rise long after dark
Been asleep at least three solid days
Wandering round this house just like a ghost
Searching for something in this life
That would fill the holes and satisfy
Your need to please everybody else
While your nerves shatter and fall apart
Wear out the grip-tape wrapped round your heart
Now you're dressed and ready for the kill
Check if your friends are asleep in bed
Same ones who left you to yourself
Make some noise and take a walk outside
All those years you kept the pain inside
Strangled any chance to love your own
And veer away from your collision course
But you'd rather go out in a ball of flame

segunda-feira, 14 de julho de 2014

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Do fim

Não sei do quê somos compostos
De qual matéria verdadeira
Tampouco sei o que há do outro lado
Mas quero dar o meu salto

Porque eu ouço esse outro eu
Que me fala do futuro
Imediato instante

E, embora eu ouça apenas palavras,
Soltas
Vagas
Apenas palavras
Há um quê de verdadeiro nelas

Eu as vejo depois
No dobrar da esquina
E tudo faz sentido

O salto faz sentido

E tudo termina bem.




segunda-feira, 5 de maio de 2014

Leona

Por que eu insisto?

Porque sou leoa.
Não desisto da minha caça.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

A Jude

Ela me acompanha desde a infância
E me ensina que não devemos carregar o mundo em nossos ombros.



Façamos da vida algo mais leve.


domingo, 30 de março de 2014

Every person alive is everyone who's died


Quando acordei e era meu aniversário, não sabia que iria morrer. Foi um dia como outro qualquer, exceto pelos telefonemas recebidos, abraços apertados, mensagens de carinho. Provas de que, em meio às xícaras de café que sempre me acompanham, há vida. À noite, quase na hora de dormir, eu morri. Foi doloroso. A morte veio me levar com ela de repente, logo depois de vestido o pijama e de frases banais ditas ao acaso.
Você nunca está pronto para a morte. Você pode sofrer uma doença terminal e o fim pode estar ali bem na sua frente. Mas quem deseja encarar o fim? Quem o aceita com paz, plenitude, serenidade? Eu não. Briguei com a morte. Enfrentamo-nos: gritamos uma com a outra, falamos tudo o que estava engasgado há anos, falamos até mesmo o que não devíamos. Nesse momento de disputa, o que menos existe é pudor, censura, cuidado. Enfrentei, primeiramente em horas e depois durante dias, todas aquelas fases do luto – do meu próprio. Neguei, senti raiva, tentei negociar com Deus, com os espíritos, com as cartas; deprimi. E, por fim, aceitei que sim, a morte havia vencido.
Depois que você vive todas essas fases, morrer não é de todo ruim. Porque a morte não é o fim. Porque depois que você morre, você renasce. “Toda pessoa viva é alguém que morreu”. E você renasce um pouco mais sábio. Também com um pouco mais de força e de esperança. E isso é bastante surpreendente, pois você tem todos os motivos para não acreditar mais, para não confiar mais. O renascimento é um processo repleto de luz. É revigorante. Tudo fica para trás. Ficam apenas lembranças, pequenos flashes da sua vida passada. Tudo se renova.
Escolhi muito bem o dia do meu renascimento: 5.3. Resolvi marcá-lo bem. Tatuei na pele os números que trouxe da outra vida, mas que ganharam nesta outro significado. São números que serão, agora, celebrados. Recomecei novamente e resolvi deixar isso claro para o mundo. Comprei roupas novas, cortei o cabelo. Faço agora o que gosto, leio o que desejo, escuto o que eu quero. Olho para quem me dá vontade. Não preciso mais fingir. Eu trouxe a mim mesma para esta nova vida. Era tudo o que eu precisava salvar. E eu salvei.
Agora, diante do desconhecido, eu danço. Posso errar um passo, tropeçar logo mais. Mas eu danço. Eu olho para cima e enxergo olhos verdes de esperança. Eu danço para eles – e não me importo se novos olhos me acompanharão. Porque agora a música é minha.